Queremos compartilhar algumas atualizações importantes sobre o cenário marítimo na China nesse mês de agosto.
Em Shanghai, devido às altas temperaturas enfrentadas nas últimas semanas e visando especialmente a economia de energia, o governo limitou as horas de trabalho nas fábricas. Essa prática é comum e geralmente ocorre durante o verão chinês. Observa-se um impacto direto na capacidade produtiva das fábricas, com a redução na produção resultando em menos cargas embarcadas e, consequentemente, maior disponibilidade de espaço nos navios. Também foi notada uma melhora na disponibilidade de equipamentos, levando os armadores a buscarem suporte para fomentar o mercado.
De maneira geral, foi observada uma melhora na situação de espaço e equipamentos em grande parte dos portos-base chineses. Tianjin apresenta estabilidade no volume, e espaço e equipamento não são um problema, com a exceção da MSC, que enfrenta falta de equipamentos 40’ NOR nessa origem. Em Qingdao, houve uma queda no volume, melhorando a situação de espaço. No entanto, com exceção da Maersk, a maioria dos armadores apresenta limitação de equipamentos 40’ NOR, e a CMA também está com falta de equipamentos de 20’. Em Shenzhen, a situação também melhorou, e os armadores estão atualmente com maior flexibilidade em relação aos NACs, com exceção da PIL, que permanece restrita quanto à relação de NAC e FAK.
Em Ningbo, ocorreu uma explosão em um navio no dia 09/08. A explosão aconteceu em um container da Hyundai, que estava carregado com mercadoria DG Classe 5.2 com destino a Jebel Ali. Apesar da gravidade da explosão, as operações para a América Latina não foram impactadas. Entretanto, os terminais de Ningbo, Shanghai e Qingdao já anunciaram que não aceitarão cargas DG das Classes 4, 5.1 e 5.2 até segunda ordem. Existe a possibilidade de que outras cargas DG também sejam afetadas. Embora os terminais ainda as aceitem, a aprovação pelos armadores deve ser mais demorada. Portanto, em caso de haver carga DG, o ideal é enviar a SI com pelo menos duas semanas de antecedência.
De acordo com os dados fornecidos pela origem, o mercado China-Brasil teve uma redução de cerca de 20% no volume de cargas entre junho e julho, indicando uma tendência de baixa no mercado. Em junho, nosso agente embarcou 3.816 TEUs no total, enquanto em julho foram embarcados apenas 3.167 TEUs. Essa diferença de 649 TEUs no volume mostra um resfriamento geral do mercado, juntamente com uma diminuição na utilização dos navios, o que corrobora com as recentes reduções nos valores dos fretes.
Vale lembrar que, nas semanas 30 e 31, tivemos diversos atrasos nos navios, que acabaram ocasionando blank sailings. Essa falta de oferta fez com que o valor do frete nas primeiras semanas de agosto tivesse um pequeno aumento e se mantivesse estável, sem quedas. No entanto, com a oferta de mercado estabilizada, vemos projeções de reduções nos valores até o fim do mês.
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